terça-feira, 8 de março de 2016

segunda-feira, 7 de março de 2016

Inscrições para as formações do Laboratório de Aprendizagem da 6ª FEIRA DE CIÊNCIAS CULTURA & TECNOLOGIA

Olá  professores!
As inscrições para as formações do Laboratório de Aprendizagem da 6ª FEIRA DE CIÊNCIAS CULTURA & TECNOLOGIA já estão em curso. 
As inscrições podem ser feitas acessando o link abaixo:

http://intranet.educacao.pbh/formacao/abertas-inscri%C3%A7%C3%B5es-para-rede-de-forma%C3%A7%C3%A3o-2016-do-ensino-fundamental

Professores de qualquer disciplina e do 2º ciclo podem participar.
Para detalhes acesse o cronograma que está na parte debaixo da página inicial deste blog.

Ciências, Cultura & Tecnologia interagem em uma mesma reportagem.


Cérebro eletrônico



Texto Bárbara Stefanelli Design Denise Saito

Robótica já não é mais exclusividade das linhas de montagem das fábricas e cada vez mais os avanços da computação cognitiva fazem com que os autômatos tomem suas próprias decisões. Essas novas máquinas ampliam o conhecimento humano, mas ao mesmo tempo tornam desleal a competição no mercado de trabalho. Em um mundo em que cada vez mais os androides ganham vida própria, como fazer para tornar esses mecanismos aliados dos humanos?

E se este TAB fosse escrito por um robô? Softwares cada vez mais avançados estão produzindo notícias para publicações como "Los Angeles Times" e "Forbes". No caso do jornal californiano, três minutos após um terremoto a notícia sobre o abalo já estava no ar, revelando onde, quando e de qual magnitude havia sido o tremor. Ao final, a reportagem trazia sua fonte: "A informação é do Serviço de Notificação de Terremotos do Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA e este post foi criado por um algoritmo".

Esses textos ainda não passam de boletins que elencam dados sobre a bolsa de valores ou trazem o resultado de algum jogo, mas do jeito que caminham os avanços da chamada computação cognitiva, será possível a publicação, em breve, de extensas reportagens escritas por algoritmos. As novas máquinas aprendem sozinhas, são capazes de tomar decisões e estão invadindo ambientes nunca antes pensados para um robô, como a redação de um jornal. Já existem softwares que até escrevem poemas, histórias de ficção e criam músicas, provando que a mecanização não é mais exclusividade das linhas de montagem, habitualmente tomadas por trabalhos manuais e repetitivos. O software de inteligência artificial da empresa de Steve Jobs tem respostas e função programadas, diferentemente do Watson, computador cognitivo da IBM, que aprende de forma autônoma e, em 2016, irá interagir com os clientes que ligarem para o serviço de atendimento telefônico do banco Bradesco, por exemplo. Watson também já trabalha como médico e advogado.
Mais que um repositório de informação, ele começou a ser programado em 2006 e foi apresentado ao mundo em 2011, durante o "Jeopardy", popular programa de perguntas e respostas da TV americana. Para a ocasião, o supercomputador leu todo o conteúdo da Wikipédia e venceu dois antigos recordistas da atração, Ken Jennings e Brad Rutter. "Não tinha como cadastrar todas as questões possíveis de serem perguntadas no 'Jeopardy'. Então ele tinha que ser capaz de aprender sozinho e responder a qualquer pergunta que fosse feita", conta Fabio Scopeta, gerente do Laboratório de Software da IBM Brasil.
Complexos algoritmos e mecanismos à parte, o executivo explica que o sistema tem três características básicas: entender a linguagem natural, seja qual ela for; aprender de forma supervisionada ou autônoma e, finalmente, gerar hipóteses e relações. Ou seja, pensar. "Tem um humano indo lá e falando para ele o que é verdade sobre um tema, ingerindo informações, fazendo upload de livros, de pesquisas. Mas ele também aprende sozinho, por experiência", diz Scopeta. O Watson fica mais confiante quando recebe um feedback positivo do usuário, mas perde o rebolado quando alguém fala que a resposta que ele encontrou não foi boa.
Essas máquinas aprendem segundo regras muito próximas das que uma pessoa é submetida, conforme explica Alexandre Simões, professor de robótica e inteligência artificial da Unesp (Universidade Estadual Paulista). "Um ser humano aprende por reforço. Então se uma criança coloca a mão no fogo e sente dor, provavelmente não fará isso de novo. Mas se ela fez uma coisa boa e ganha um pirulito, repetirá a ação", afirma. Da mesma forma, uma máquina vai descobrindo o que é bom e ruim e, com o tempo, se aperfeiçoando.

Os frutos desses últimos avanços tecnológicos estão apenas começando a ser colhidos e a lista de benefícios é extensa. Mas como alerta Simões, "essas máquinas podem aprender a fazer coisas melhores do que nós e de formas diferentes, o que acaba gerando um impacto social e econômico". O desafio agora é definir a função dos humanos e dos robôs e administrar essa transição tecnológica, pois o último a sair nem precisará apagar a luz - já estará programada para desligar sozinha.

 

Robô ou escritor?

Você consegue diferenciar um texto feito por um humano daquele criado por um algoritmo?
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Disponível em: http://tab.uol.com.br/robos/ acesso em: 07 de março de 2016. Adaptado por Ronaldo Guimarães Costa


Acesse o link para ver a reportagem completa.